dezembro 20, 2010

A caminhar no escuro


Fico a caminhar no escuro. Fico sem saber aonde chegarei. Será um escuro em meus pensamentos ou, quem sabe, uma luz criptografada na escuridão de meus olhos? Sombras atravessam-me sem sentido, sem direção, sem objetivo.
Barulhos que, mais uma vez, não são audíveis. Medo que não dá para ficar contido. Afinal, por onde estou andando? Mergulho em teus sonhos. Apenas fatos surreais, fatos que se contradizem automaticamente, involuntariamente. No fim, não é nada demais.
A escuridão que me questiono deve ser a mesma a que questionas. Uma escuridão onde sua vida se emana, onde sua vida, que já fora candura, é, apenas, mais uma incompleta alma devastada por um sistema virulento, que te destrói sem a menor dó, sem a menor piedade. Enfim, na sociedade não há piedade. Há esperança.

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