maio 19, 2012

SESSÃO MANIFESTO: Limites

            A única coisa que vejo são limites.
            Limites para amar, limites para abraçar, para demonstrações de afeto, limites para viver.
            Viver sob a forma de um "limite" me faz indagar sobre até que ponto ele vai.
            Será que é até a morte? Óbvio que sim. O meu limite, no entanto, resume-se a um dia, a um momento, a um luto.
            Vejo pessoas por todos os lados. Olham-me como se fosse eu a pessoa que havia perdido a vida( como se eu precisasse delas para ser limitado). Parte do meu limite se foi.
            E agora? Estou metade livre ou metade mais preso? Vejo pessoas levando uma vida sem tentar desvendar a incógnita que ela é, sem tentar compreendê-la. Essas pessoas, sim, estão presas aos seus pés, a sua alma, ao seu subconsciente.
            Sinto os olhares pesarem mais sobre o meu dorso. Ouço cochichos que mais parecem xingamentos direcionados para o meu egocentrismo e para o meu egoísmo. Luto contra tais sentimentos que trazem à tona mais tristeza, mais mágoas e mais limites.
            Volto a repetir que isso é um mal de um mundo medíocre, um mal abstrato que nos faz indagar sobre o por quê de ser feliz, se a tristeza vem logo em seguida.Ela pode tardar, mas nunca falhar.


                                                                         Eduardo Mulato do Vale

Um comentário:

  1. E é por isso que você deve viver como se não houvesse limites, mesmo sabendo que eles existem deve haver alguma forma de ultrapassá-los, de "passar de ladinho". Pois no final o único que irá definir seu limite é você.

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